quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Textos Simples

Descobri, por acaso
Que a vida é feita em pedaços
Estilhaços de felicidade,
Partes de um imaginar
Descobri, sem querer
Que a vida é feita de NÃO




Do nada, nada surge. Essa é a lógica usual de se uilizar.
Entretanto, do nada, algo sempre surge. É só bservar atentamente.
E o mais curioso, é que não é preciso de nada, além do nada, para do nada algo surgir.
Só sendo nada para conseguir entender...



tempo de mudança é
um calo velho estourando
feito uma bolha nova



Algumas pessoas passam pela vida.
Outras, deixam que a vida passe por elas.
E existem aquelas que simplesmente não vivem.
Qual delas você é? 



O problema é que ela vem pra interomper poesias
Dizer que agora, sim, há o que parece certo
E o que parece errado
E o que não vai voltar



Ele tinha medo de sonhar. Achava que nunca mais ia voltar.
passava noites em claro fugindo de seus sonhos, fazendo o impossível para se manter desperto. Mesmo quando dormia, fugia de sonhos, mais do que um animal foge de um caçador. Ele realmente n tinha medo de se perder em no universo dos sonhos. De ficar pulando de sonho em sonho sem jamais encontrar o seu.
Era um garotoq ue muitos consideravam estranho por causa disso. Vivia com olheiras, e sempre assustado, com medo de dormir. Ás vezes também falava sozinho, e sempre se encontrava desarrumado e desanimado.
Por isso também vivia sozinho.
Sozinho e sem sonhos. Ou seja, totalmente sozinho consigo mesmo.
O estranho foi que conseguiu suportar essa situação anos, sem nem sequer se abalar. De noite programava o relógio para despertar a cada 15 minutos e assim jamais sonhava. Nem mesmo desperto.
Até que um dia, algumas pessoas, sabendo desse medo que ele tinha, decidiram abusar dele. Sonífero na comida, o suficiente para coloca-lo dormindo por 16 horas, e um pouco de alucinógenos para garantir o sonhar.
De fato deu certo.
E o garoto estava certo. Ele nunca mais voltou.
Só errou pela razão. Ele não se perdeu, mas sim se encontrou em sonhos. E por isso nunca mais precisou voltar, e por lá ficou.
Há quem diga que pela primeira vez ele despertou.
há quem diga que morreu.
há quem diga que fugiu.
há quem diga de tudo.
Pessoalmente, prefiro não dizer nada. Tire suas próprias conclusões.
Apenas não pense demais no assunto. Você pode não gostar da conclusão na qual chegar.



Sonhar é tão paixão quanto pode ser criatividade. Quem sonha luta, nega, duvida, e é por isso que o mundo muda: os sonhos nos mostram que somos sempre capazes de pensar e duvidar, tanto do que é quanto do que é novo.
E assim, na dúvida, é que vamos dialogar e (des)construir. Nós e o mundo.



o Sol morre para nascer
Repete a cada dia novamente
Brilha assim como a vida
Somente quando o SOl ausente
As estrelas no céu brilham resplandecentes
A Lua sorri alegremente




O mundo simplesmente parou. 

Aquele som agudo, profundo, de uma potência incrível, fez comq eu o mundo parasse, simplesmente parasse. Pois parecia penetrar o amis profundo da alma de todas as coisas, trazneod à tona medos e temores, e a tudo paralizando. Sequer uma gota de água se movia, com medo de perturbar aquele som intenso que à tudo dominava.
De onde surgia aquele som, todos pensavam, parados, com medo de olharem para os lados, com medo de descobrirem oq ue estava à sua volta. Depois de muito tempo, depois de um longo torpor, paravam de olhar apenas para dentro de sí, para olhar à sua volta. E tinham medo doq eu poderiam encontrar. O mundo estava parado, paralizado.
Então, lentamente, todos olhavam para os lados, buscando a origem de tal som. buscavam, desesperadamente, saber de onde surgia aquele som que fazia tanto á eles. E buscavam, buscavam...
Até que alguém encontrou. uma pequena criança, sentada no chão. De seus pulmões saía o mais sincero choro que já havia ouvido, de seus pequenos pulmões, surgia toda aquela potência que fizera o mundo parar. Somente uam criança, havia produzido aquele som intenso e potente, com seu choro sincero.
Alguém, rapidamente, se aproximou:
- Shhhh... Shhhhh... Qual o problema?
- A flô... Pisaram na flô - respondeu a criança, com seus olhos lacrimejando, enquanto soluçava e ameaçava voltar a chorar.
- Calma... vai nascer outra no lugar - disse enquanto pegava a criança no colo.
Então a criança se calou, enquanto soluçava e se aninhava nos braços que a protegiam. E o mundo voltou à se mover, à sua normalidade.
E a flor e a criança que fizeram o mundo parar, foram esquecido, como se nunca houvessem existido.



Existem caminhos que vão
e aqueles que voltam
Existem caminhos que passam
e aqueles que ficam.
Existem caminhos de idas
e aqueles de vindas.
Existem caminhos que acabam
e aqueles que não.
Mas todos os caminhos,
sem exceção,
começam com um passo,
e com um passo terminam.
Sempre para frente,
nunca para trás,
seguem todos os caminhos
sem exceção



Eu tentaria escrever mil coisas
E poderia descrever mil sensações
Mas amor, seus lábios são
Pedacinhos
De beleza eterna



No silêncio da escuridão ele se perguntava se estaria vivo ou morto. Não sabia a quanto tempo estava lá. Achava que ser nenhum conseguiria sobreviver tanto tempo preso sem comer ou beber.
Mas ainda asim ele estava lá. Preso, em um local escuro, sem saída, pequeno, apertado, sem comida ou bebida, preso à tanto tempo que sequer se lembrava como havia lá chegado...
Quem saberia o que havia acontecido? Não ele, podia garantir. Para ele tudo se rezumia ao tenebroso silêncio que havia em sua volta, na escuridão.
Algumas vezes pensava ouvir algo. Algumas vezes pensava ver algo. Então, depois de trombar por muitas paredes, percebia que era apenas sua imaginação, e concluía que estava ficando louco.
e ele continuava sem saber o que acontecia... Tudo que conseguia era sentir a suave textura do local onde se encontrava, que parecia acariciar a pele.
mas não haviam correntes que pudesse ver. Também não haviam portas que pudesse perceber, havia apenas a fria, triste, solitária e, logicamente, sombria escuridão.
Seria isso o que chamam de vida após a morte? Se fosse ele tinha que adimitir que se sentia decepcionado. Sempre imaginara algo mais luminoso e agradável. Descanso eterno... Pff... Balela.
E então ele percebia que poderia não estar morto. Afinal, ele ainda sentia da mesma forma que sentia antes... Porém tudoq ue havia para sentir era a escurtidão.
Às vezes a escuridão se tornava orpressora, e quanto mais ele tentata se mover, mais preso ele se sentia, como se a escuridão se enconlhesse à volta dele.
às vezes a escuridão aprecia acolhedora, e então ele deixcava de se importar com ela. E quando fazia isso, parecia que a escuridão crescia deixando-o respirar.
"Será que a escuridão só queria um amigo?" Era um pensamento que passava pela cabeça dele ocasionalmente, eera logo descartado. Essa história de animar coisas era coisa de louco.
E por muito tempo ele ficou dentro daquele escuro claustro, agonizando e se consolando, preso de forma claustrofóbica. Até que um dia decidiu fazer força de verdade para de lá sair.
E decidiu abrir os olhos. foi mais fácil do que esperava. Mas não esperava peloq eu vinha a seguir. Afinal, por que razões ela estaria rindo e chorando para ele ao mesmo tempo?




Existem duas palavras, que quando usadas juntas, abrem fronteiras inimagináveis. "por" e "quê", normalmente seguidas por um ponto de interrogação.. Mas não é em qualquer situação, não é em qualquer momento. Essas duas palavras, quando udsadas juntas, tem o poder de nos fazer parar. Simplesmente disso.
Grandes coisas, a maior parte das pessoas dirá.
É que essas pessoas não usaram essas palavras na pergunta certa. De nada adianta perguntar "Por quê?" em perguntas sem respostas, ou para a qual não se sabe a resposta.
Essas duas pequenas palavras só revelam seu poder quando usadas no cotidiano. "Por que eu levanto dodo dia de manhã?" ou "Por quê, diabos (interjeição muito comum, que freqüentemente acompanha tais palavras) eu vou à escola todo santo dia?". São perguntas para as quais pensamos sempre saber a resposta, ou temos um resposta sempre pronta.
Mas se pararmos, por um segundo, e pensarmos com que sinceridade estamos respondendo...
Percebemos que nos enganamos, todos os dias, todos os momentos, nas pequenas coisas que fazemos.
Então, quando paramos por mais um segundo, e encontramos a verdadeira resposta do porque fazemos algo, um mundo novo se descortina diante de nossos olhos. Pois normalmente a verdadeira resposta nos é mais fabulosa do que a resposta que tinhamos dado até então. E é assim que descobrirmos abeleza que existe nas pequenas coisa, e a beleza de viver.
Tudo por causa de uma pequena pergunta, cuja resposta era tão óbvia, que nunca nos perguntávamos.
Sóq ue raramente a resposta é tão óbivia. Normalmente é muito mais rica e maravilhosa do que imaginamos.
São essas pequenas perguntas que fazem a diferença.
São elas que nos dizem a razão de viver.

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Eu sei que parece uma lição de moral. Mas não é.





Um espadachim certa vez comtemplava o céu estrelado. Estava cansado, depois de uma longa batalha, da qual parecia ter sido o único sobrevivente. Vitorioso, ainda não saberia dizer, talvez na verdade aquela batalha houvesse sido uma derrota. Estava deitado no campo, lamacento, tamanha fora a quantidade de sangue derramado naquele dia sinistro. A única companhia que tinha no momento eram os cadáveres de seus inimigos e aliados, deitados no chão assim como ele. E o observando as estrelas, começou o espadachim a pensar:

"É estranho o tempo, a vida. Parece que passo por longos momentos onde nada parece acontecer. Como se tudo não passasse de um imenso e calmo lago em um dia sem vento. Então, de repente, começa a maior das tempestades, tornando a tudo um imenso turbilhão caótico, que subitamente passa. Mas mesmo assim o lago permanece igual. Passam estações, toda a superfície do lago se altera, muda, transmuta. Entretanto, ainda assim o lago permanece um simples lago. Não importa o que façam com ele, ele continua um lago. Até secar. Me pergunto por que em momentos assim eu penso coisas assim."

Então o espadachim começou a ouvir sinos se aproximando. Apertou o cabo de sua espada e se preparou para se levantar. Quando olhou à volta viu apenas um monge se aproximando, apoiando-se em um cajado com vários gizos na ponta. O monge olhou para ele e apenas disse: "Você não precisa disso agora. Descanse."

"É tudo que eu tenho." - pensou o espadachim, consigo mesmo. E observou um pouco o monge que andava e parava, rezando pelas almas dos mortos. Deitou-se novamente, relaxando um pouco a pressão no cabo da espada, mas sem larga-la, e perguntou ao monge:

"Você não me culpa?"

"Pelo quê", respondeu o monge, olhando curioso para o espadachim caído.

"Por tudo isso. Nem mesmo eu sei quantas vidas minha espada ceifou hoje."

O monge apoiou-se no cajado, fazendo os gizos tilintarem. Ficou parado por um segundo, observando tudo à sua volta. Finalmente, após todos aqueles momentos de silêncio, respondeu:

"Não. Se eu o culpasse, teria que culpar a todas as almas que neste campo partiram. Todos eles fizeram a mesma escolha que você fez. A única diferença é que você foi o único que sobreviveu para observar as consequências de tal escolha. Talvez os mortos tenham sido mais afortunados que você. Somente você pode julgar seu próprio destino, e mais ninguém. E o meu destino é entregar paz às almas desgarradas."

Após dizer essas palavras o monge fez uma última prece e virou-se continuando seu caminho, deixando o espadachim para trás. Mais uma vez o espadachim olhou para o céu, e apontou sua espada para ele, ficando assim por algum tempo. Abaixou-a novamente, levantou-se, limpou a espada e a embainhou. Em seguida limpou-se o melhor que pode da lama que estava grudada por seu corpo, prendeu os cabelos e olhou na direção em que o monge havia partido. Em seguida, virou-se na direção oposta e começou a caminhar com passos determinados. Enquanto andava, pensou consigo mesmo.

"Não importa o quanto mude..." - então sussurou para sí - "um lago permanece um lago."





no túmulo
a bela cerejeira
revela vida

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